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Destaque

Filme baiano “Timidez” conquista seis prêmios no 16º Festival de Cinema de Triunfo

Dirigido por Thiago Gomes Rosa e Susan Kalik, suspense psicológico aborda relações familiares, racismo cotidiano e subjetividades negras Atores Dan Ferreira e Antonio Marcelo no filme "Timidez" - Foto Adeloyá Ojú Bará O longa-metragem baiano  Timidez  foi o grande destaque do  16º Festival de Cinema de Triunfo , em  Pernambuco , ao conquistar  seis prêmios e uma menção honrosa do júri popular . O suspense psicológico recebeu os troféus de Melhor Longa Nacional  (Júri Oficial),  Melhor Direção (Thiago Gomes Rosa e Susan Kalik),  Melhor Roteiro (Susan Kalik, Cláudia Barral e Marcos Barbosa),  Melhor Ator  (Antonio Marcelo), M elhor Direção de Arte  (Carol Tanajura) e  Melhor Montagem  (Lucílio Jota e Quito Ribeiro), além da  Menção Honrosa do Júri Popular .  A premiação do festival aconteceu no último final de semana (20/12) Protagonizado pelos atores baianos  Dan Ferreira  (Meu Nome é Gal, Pixinguinha, A...

Luiz Caldas: mestre da música brasileira celebra 40 anos da Axé Music e reforça sua relevância histórica

Pai da Axé Music celebra 40 anos do movimento que ajudou a criar e segue firme em sua jornada como um dos artistas mais criativos e talentosos do país

                                                    Crédito: Marcio Santos

Luiz Caldas é, há décadas, sinônimo de musicalidade sem limites. São 55 anos dedicados à música, mais de 160 álbuns lançados, mais de mil composições e um papel central na criação da Axé Music, que completa 40 anos em 2025. Mas antes de ser ovacionado como mestre, antes de virar sinônimo de inovação, Luiz foi um menino obstinado que fez da vontade de aprender sua força motriz.


Nascido em Feira de Santana (BA), Luiz se encantou pela música ainda na infância. Aos sete anos já imitava estrelas como Michael Jackson e Tina Charles. Mas quando a adolescência chegou e sua voz mudou, ele se viu diante de um impasse: não conseguia mais reproduzir com perfeição o agudo daqueles artistas. A solução? Mergulhar no universo dos instrumentos.


Entre os 11 e os 16 anos, trabalhou como holding, transportando caixas e equipamentos para bandas de baile só para estar por perto dos músicos que admirava. Se soubesse que uma banda tinha um excelente baixista, por exemplo, dava um jeito de se aproximar, nem que fosse para dormir em galpões e passar a noite treinando o que havia aprendido. E assim foi dominando um a um os instrumentos que hoje toca com maestria.


Aos 16 anos, o destino deu mais uma guinada: Luiz subiu pela primeira vez num trio elétrico, em Ibicaraí (BA). Sua performance chamou tanta atenção que não demorou para que seu nome chegasse a Salvador, até os ouvidos de Orlando Tapajós, um dos maiores nomes do Carnaval baiano. Luiz foi convocado e chegou chegando: tocava tudo, tinha sete cores no cabelo e uma energia única. Foi apelidado de “o garoto dos sete instrumentos” e assim começou sua história com o trio Tapajós.


Ali, em pouco tempo, virou guitarrista e diretor musical, criou a banda Acordes Verdes, gravou álbuns e viu nascer a canção “Axé pra Lua”; o embrião do gênero que em pouco tempo revolucionaria o Brasil. O sucesso foi crescendo até explodir em 1985 com o lançamento de Magia, álbum que começaria a escrever um novo capítulo na história da música da Bahia e faria de Luiz Caldas o Pai da Axé Music. O disco, lançado primeiro na Bahia e depois nacionalmente, alcançou Disco de Ouro apenas com as vendas no estado.


A partir daí, Luiz seguiu experimentando, arriscando, surpreendendo. De 2013 a 2023, lançou um álbum por mês, todos gratuitos em seu site oficial (www.luizcaldas.com.br), e já acumula mais de 1.200 músicas e 100 milhões de downloads. O projeto contou com participações de grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Zélia Duncan, Seu Jorge, Fernanda Takai, Nando Reis e muitos outros.


Em 2025, Luiz Caldas segue sendo celebrado por sua história e relevância. No verão, emocionou o público com um show especial de aniversário na Concha Acústica do TCA e brilhou no Festival de Verão Salvador ao lado de Saulo, em uma apresentação em formato big band que homenageou os 40 anos da Axé Music. O tradicional Baile do Luiz, na Chácara Baluarte, também integrou a programação do artista neste verão, mantendo a proposta de celebrar sua trajetória com um repertório repleto de sucessos.


Luiz Caldas não se acomoda, não para. Aos olhos do tempo, é mais que o Pai da Axé Music; é um artista essencial, que continua escrevendo, todos os dias, novos e vibrantes capítulos da história da música brasileira.

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