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Destaque

Com mais de 160 horas gravadas, podcast “Perdigoto” mapeia o teatro brasileiro em sua diversidade

Com episódios semanais, projeto de Aury Porto e Leonardo Ventura reúne artistas, pesquisadores e grupos de todo o país para discutir memória, formação, políticas culturais e práticas cênicas O cenário das artes cênicas brasileiras ganha um registro histórico de fôlego com a consolidação do Podcast Perdigoto. Idealizado, roteirizado e apresentado pelos atores Aury Porto e Leonardo Ventura, o projeto nasce de um esforço monumental de dez meses de pesquisa e escuta para documentar as memórias, práticas e pensamentos de quem constrói o teatro no Brasil hoje. Realizado pela mundana companhia no âmbito de sua residência artística no Instituto Capobianco, o podcast já acumula cerca de 165 horas de gravações com 55 convidados de todas as regiões do país, lançando episódios semanais que desafiam o apagamento histórico de territórios fora do eixo Rio–São Paulo. A gênese do projeto remonta ao período da pandemia, quando Aury Porto percebeu o vácuo de conteúdos teatrais no universo dos podcasts — ...

Daniel Blanco entre tiros e amores antigos: ator de DNA do Crime lança faixa autoral escrita aos 20 anos

Enquanto vive um mafioso na série da Netflix, Daniel Blanco entrega vulnerabilidade e romantismo na música “New Sun” — escrita durante um término e lançada mais de 10 anos depois

                                   
                                                            Créditos: Anderson Marques

Entre tiroteios de ficção e lembranças de um amor antigo, Daniel Blanco mostra que tem mais do que atuação na veia. Na Netflix, ele voltou como o mafioso Gabriel na segunda temporada de DNA do Crime, série que colocou o Brasil nas paradas mundiais da plataforma. Para o papel, passou dois meses entre treinos de escalada, tiro e resistência física — tudo para dar veracidade ao universo da Quadrilha Fantasma, núcleo sombrio e violento da produção. Mas se nas telas a arma está sempre engatilhada, no fone de ouvido o clima é outro.

Nesta sexta-feira (4), Daniel lançou sua nova música, “New Sun”. A faixa tem uma história longa e pessoal: foi escrita em 2014, quando ele tinha apenas 20 anos. “Eu tinha que fazer uma viagem a trabalho e ia ficar longe da minha namorada da época. Estávamos num momento delicado e eu fiquei com receio de ficar tanto tempo longe dela”, conta o artista. “Tudo era tão intenso naquela época. Dias pareciam semanas e semanas pareciam meses.”

O título da canção é uma metáfora para o que ele ainda queria salvar no relacionamento. “Ela tavadesistindo da gente e fiz essa música como um pedido para a gente continuar tentando. Queria algo que funcionasse como um novo sol pra nós, sem focar nas coisas que perdemos.”

“New Sun” chega como um sopro delicado em meio ao turbilhão que é a carreira de Daniel hoje. Ele, que já foi o Fabinho de Totalmente Demais, o vilão disfarçado de mocinho em Reis, e que há pouco contracenou com egressos do sistema prisional em cenas cruas e reais da Netflix, expõe outra faceta: a do artista sensível que escreve sobre amores que doem.

Filho e neto de compositores, Daniel sempre manteve a música viva, mesmo que ele ainda veja o ofício musical como um hobby que leva a sério. “Minha profissão é atuar, mas fazer música também é um ofício. O álbum foi produzido por mim, gravei quase todos os instrumentos. É 100% independente.”

O disco completo, Left Behind, tem lançamento previsto para agosto, e New Sun é a terceira amostra após Lay e False Alarm, disponíveis nas principais plataformas. A faixa vem carregada de melancolia, nostalgia e um pouco daquele caos emocional típico dos 20 e poucos anos. “Eu sempre fui muito intenso quando me apaixono”, diz ele. “Com 20 anos eu estava no auge da minha intensidade, vivendo cada dia como se fosse o último e como se minha vida fosse acabar se meu namoro acabasse.”

Ouça “New Sun” — disponível nas plataformas digitais: https://ditto.fm/new-sun-daniel-blanco


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