Influenciador superou a depressão e hoje é uma das principais vozes do agro brasileiro
Setembro é o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio e o cuidado com a saúde mental. No Brasil, a campanha do Setembro Amarelo convida a sociedade a quebrar tabus e falar de forma aberta sobre um tema que, por muitos anos, foi envolto em silêncio. Entre os nomes que se unem a essa causa está o influenciador e criador de conteúdo Gustavo Tubarão, que compartilha com milhões de seguidores não apenas a leveza e o humor da vida na roça, mas também suas próprias experiências com desafios emocionais.
“Já vivi momentos muito difíceis, de depressão e crise existencial, em que parecia que eu não ia dar conta. Foi nesse período que percebi que pedir ajuda não é fraqueza, mas um ato de coragem. Muitas vezes me vi parado em posição fetal, sem conseguir me mexer, e começar a criar e conteúdo para a internet mostrando o meu dia a dia, me salvou e me deu força para transformar a minha história. Hoje eu falo abertamente sobre o assunto e sei da importância de falar.”, relembra Tubarão.
Natural de Cana Verde (MG), Gustavo cresceu em meio à vida rural e construiu sua trajetória digital transformando o cotidiano do interior em conteúdo divertido, informativo e cheio de autenticidade. Por trás do humor, no entanto, sempre existiu a consciência de que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo.
“Hoje, quando faço meus vídeos mostrando os causos da roça ou trazendo curiosidades sobre o agro, sei que estou levando leveza para muita gente. Mas também quero mostrar que por trás de cada sorriso pode existir uma batalha invisível. Falar sobre isso é fundamental para que ninguém se sinta sozinho”, afirma.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, o cenário também é preocupante, e especialistas reforçam a importância de criar uma rede de apoio. Nesse contexto, figuras públicas como Gustavo Tubarão têm papel relevante: ao compartilhar sua vivência, ele aproxima o tema do público e ajuda a derrubar preconceitos.
“Eu sei que a vida no campo me ensinou muito sobre resiliência, sobre cair e levantar, mas sei também que, quando a mente adoece, a gente precisa de ajuda. Ninguém vence sozinho. Às vezes, uma conversa, um abraço, uma escuta sem julgamento fazem toda a diferença. Se eu puder ser esse ponto de apoio para alguém, já valeu a pena”, conclui.
O Setembro Amarelo reforça justamente essa mensagem: falar é o primeiro passo e procurar ajuda é um ato de amor-próprio. Quem enfrenta momentos de dor deve saber que não está sozinho, e quem está ao redor pode ser essa ponte de cuidado e acolhimento.
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